Como conseguir Olaparibe (Lynparza) pelo plano de saúde

Muitos pacientes procuram nosso escritório questionando se o plano de saúde cobre Olaparibe (Lynparza).

A negativa de cobertura de medicamentos pelos planos de saúde, principalmente aqueles de alto custo e para tratamento de doenças graves, é uma das principais reclamações de pacientes.

Neste artigo, vamos abordar se o Olaparibe (Lynparza) é coberto pelos planos de saúde, os direitos dos pacientes e como garantir acesso ao tratamento, incluindo alternativas como a judicialização.

Se ainda assim restarem dúvidas, um advogado especialista em planos de saúde da nossa equipe está pronto para te auxiliar a afastar negativas indevidas do plano de saúde e garantir o acesso imediato ao medicamento que você precisa.

CONTE COM SUPORTE JURÍDICO
Especializado na defesa de seus direitos

Proteja seus direitos com nossa expertise jurídica.
Entre em contato e garanta a melhor defesa.

Fale conosco

Para que serve o Olaparibe (Lynparza)

O Olaparibe, comercializado sob o nome Lynparza, é um medicamento oncológico oral classificado como inibidor da enzima PARP (poli ADP-ribose polimerase). Ele é utilizado principalmente para o tratamento de certos tipos de câncer com mutações genéticas específicas, como BRCA1 e BRCA2.

O Olaparibe (Lynparza) possui registro junto à Anvisa e tem indicação em bula principalmente para o tratamento de vários tipos de câncer, geralmente em pacientes com mutações nos genes BRCA ou deficiência na recombinação homóloga (HRD):

1. Câncer de ovário

  • Tratamento de manutenção em pacientes com câncer de ovário avançado com mutação BRCA que responderam à quimioterapia com platina.

  • Também usado em linhagem germinativa ou somática, com ou sem HRD.

2. Câncer de mama metastático

  • Pacientes com mutação germinativa BRCA e receptor hormonal positivo ou triplo-negativo, previamente tratados com quimioterapia.

3. Câncer de pâncreas

  • Pacientes com mutação germinativa BRCA e doença metastática, após resposta à quimioterapia baseada em platina.

4. Câncer de próstata metastático resistente à castração (mCRPC)

  • Pacientes com mutações BRCA ou outras alterações nos genes de recombinação homóloga (como ATM, PALB2, etc.).

 

Além disso, o medicamento Olaparibe (Lynparza) pode ser indicado também em caráter off-label para o tratamento de outros tipos de câncer, sempre conforme indicação médica, como outros tumores com mutações em genes da via de recombinação homóloga (como PALB2, CHEK2, ATM), Câncer gástrico e colorretal com mutações BRCA ou HRD, Câncer de pulmão com instabilidade genômica, entre outros.

 

Qual o preço do Olaparibe (Lynparza)

Comprar Olaparibe (Lynparza) pode ser um desafio pois o preço do Olaparibe pode ultrapassar R$20 mil reais por uma única caixa da medicação, o que torna o acesso ao tratamento uma grande dificuldade para muitos pacientes.

Portanto obter a cobertura pelo plano de saúde ou pelo SUS muitas vezes é a única forma de ter acesso ao tratamento com uso de medicamentos de alto custo como esse.

 

Plano de saúde cobre Lynparza (Olaparibe)

Sim. Havendo indicação médica o plano de saúde deve cobrir Olaparibe (Lynparza), pois de acordo com a lei dos planos de saúde, os planos de saúde são obrigados a cobrir o tratamento de qualquer doença prevista na Classificação Internacional de Doenças (CID), o que inclui os medicamentos necessários para o tratamento dessas condições.

Além disso, o Código de Defesa do Consumidor protege o beneficiário de planos de saúde, considerando nulas qualquer cláusula que imponha restrições abusivas, como a negativa de cobertura de um tratamento essencial.

Os tribunais de maneira geral reconhecem que, havendo indicação médica bem fundamentada, o plano deve cobrir o tratamento.

Nesse sentido, podemos destacar algumas Súmulas (entendimento consolidado dos tribunais), como:

  • Súmula 95, do Tribunal de Justiça de São Paulo, que diz: “Havendo expressa indicação médica, não prevalece a negativa de cobertura do custeio ou fornecimento de medicamentos associados a tratamento quimioterápico".
  • Súmula 102, do Tribunal de Justiça de São Paulo, que diz: "Havendo expressa indicação médica, é abusiva a negativa de cobertura de custeio de tratamento sob o argumento da sua natureza experimental ou por não estar previsto no rol de procedimentos da ANS"

Veja o exemplo de decisões judiciais que determinou que o plano de saúde deve cobrir o medicamento Olaparibe (Lynparza):

 

"Plano de saúde. Cobertura. Fornecimento de medicamento indicado para tratamento de câncer de mama. Lynparza (olaparibe) . Alegação de ausência de enquadramento nas diretrizes de utilização previstas no rol da ANS. Circunstância que não impede a cobertura na espécie. Taxatividade afastada pela Lei nº 14.454/2022 . Existência de prescrição médica. Precedente do STJ. Custeio devido. Precedentes . Honorários sucumbenciais. Base de cálculo. Ordem preferencial do art. 85, § 2º, do CPC . Arbitramento sobre o valor da causa. Difícil mensuração da condenação ou do proveito econômico final. Recurso da ré improvido, provido em parte o do patrono do autor".

 

"TUTELA ANTECIPADA – Contrato – Prestação de serviço – Plano de saúde – Código de Defesa do Consumir – Aplicação – Autora, diagnosticada com neoplasia maligna de mama (CID C50) – Indicação de Olaparibe", (LYNPARZA® -original), 150 mg, via oral– Negativa de cobertura – Inadmissibilidade – Inclusão, na apólice, de tratamento para a moléstia, devendo toda e qualquer medida tendente a minimizá-la ou eliminá-la ser coberta – Inteligência das Súmulas nº 95 e nº 102, deste Tribunal – Presença dos requisitos previstos no art. 300 do CPC – Agravo de instrumento improvido".

 

Portanto, se você tem um plano de saúde, seja ele Amil, Unimed, Bradesco Saúde, SulAmérica, Allianz, Porto Seguro, Notre Dame Intermédica, ou qualquer outro, e o seu médico prescreveu o medicamento Lynparza (Olaparibe) o plano de saúde deve cobrir o tratamento.

Ainda assim, existem diversas situações em que o plano de saúde nega a cobertura de medicamentos, então o paciente deve ficar atento pois, na enorme maioria dos casos, essas negativas são consideradas indevidas.

 

Como conseguir Olaparibe (Lynparza): pelo plano de saúde

Para conseguir o medicamento Lynparza (Olaparibe) pelo plano de saúde o paciente deve seguir um passo a passo bem definido que envolve a solicitação do tratamento, obter a resposta do plano e, em caso de negativa de cobertura, buscar suporte jurídico para reverter a negativa.

Vamos então, avaliar cada um desses passos.

 

1. Obter pedido médico detalhado

Quando seu médico faz a prescrição do medicamento Olaparibe (Lynparza), peça a ele que faça um relatório por escrito bem detalhado com a justificativa por escrito da imprescindibilidade daquele tratamento.

O relatório médico deve conter:

  • Indicação do diagnóstico da doença com indicação da CID
  • Descrição da evolução do quadro clínico em ordem cronológica
  • Indicação dos tratamentos já realizados ao longo do tempo
  • Indicação de que o tratamento proposto neste momento é imprescindível, com referência de leiteratura médica e protocolos (nacionais e/ou estrangeiros) que respaldem a prescrição
  • Indicação expressa de que não há outro tratamento eficaz indicado
  • Descrição dos riscos caso o tratamento prescrito não seja realizado

 

Se o médico do plano não quiser fazer esse relatório detalhado, você pode consultar um médico particular, sem vínculo com o convênio, pois assim não haverá nenhum tipo de conflito entre o médico e o plano.

 

2. Encaminhar a solicitação de cobertura do medicamento ao plano de saúde

Com o pedido médico detalhado em mãos, entre em contato com a central de atendimento do seu plano de saúde e peça posição sobre a autorização de cobertura do tratamento indicado. Anote sempre a data e número de protocolo de atendimento para controle.

O plano de saúde terá então prazo para análise do pedido e responder se irá autorizar a cobertura do medicamento ou não.

Se a resposta do plano for negativa, você pode fazer um pedido de reanálise junto à Ouvidoria do plano de saúde.

 

3. Exija a negativa de cobertura do medicamento por escrito

Sempre que o plano de saúde negar a cobertura de um medicamento de alto custo, é direito do usuário exigir que a negativa seja formalizada por escrito e o plano deve apresentar a justificativa detalhada da negativa num prazo de até 24h.

É importe ter a negativa em mãos, pois a partir daí será possível entender o motivo pelo qual o convênio está negando a cobertura do tratamento.

Na enorme maioria dos casos o plano de saúde nega a cobertura de tratamento alegando questões contratuais ou divergência técnica quanto ao tratamento prescrito pelo médico do paciente.

Leia mais:

Plano de saúde nega medicamento

No entanto, a negativa de cobertura de tratamento pelo plano de saúde normalmente é abusiva, sendo o próximo passo o mais importante.

 

4. Busque suporte de um advogado especializado em planos de saúde

Em situações em que o plano de saúde nega cobertura do Olaparibe (Lynparza), o paciente deve procurar imediatamente o suporte de um advogado especializado em direito à saúde para revisar seu caso e poder te orientar sobre as medidas cabíveis, já que na enorme maioria das vezes, a negativa do plano é abusiva!

CONTE COM SUPORTE JURÍDICO
Especializado na defesa de seus direitos

Proteja seus direitos com nossa expertise jurídica.
Entre em contato e garanta a melhor defesa.

Fale conosco

Caso seja constatado que a negativa de medicamento é abusiva, entrar com uma ação judicial contra o plano de saúde pode ser a soluçãomais rápida e eficaz para garantir o acesso efetivo ao tratamento.

 

Como funciona um processo para conseguir medicamento pelo plano de saúde

Como a maioria das negativas dos planos de saúde são abusivas, entrar com um processo judicial contra o plano de saúde costuma ser a forma mais rápida de reverter a negativa e conseguir garantir o tratamento necessário.

O primeiro passo é reunir a documentação referente ao caso, que abrange:

  • Cópia dos documentos pessoais do paciente
  • Cópia da carteirinha do plano
  • Cópia dos comprovantes de pagamento das últimas mensalidades para comprovar que o plano está ativo e em dia
  • Cópia do pedido médico
  • Cópia da negativa de cobertura do tratamento

Tendo toda a documentação necessária em mãos, o advogado irá preparar e dar entrada rapidamente na ação judicial.

Nos processos contra plano de saúde, em que se busca a cobertura de tratamento, normalmente é possível apresentar ao juiz um pedido de liminar contra o plano de saúde.

 

O que é a liminar contra o plano de saúde

A liminar é uma decisão inicial e provisória, na qual o juiz, logo após receber o processo, avalia os fundamentos jurídicos apresentados e o risco de dano que a pessoa pode sofrer caso não tenha uma decisão judicial em seu favor imediatamente.

O objetivo da liminar, também chamada de “antecipação de tutela” ou “tutela de urgência”, é assegurar já em um primeiro momento o tratamento necessário evitando assim que o beneficiário do plano de saúde venha a sofrer prejuízos irreparáveis.

 

Quanto tempo demora para sair a liminar

É comum que as pessoas se perguntem quanto tempo leva para sair a liminar? A verdade é que não há um prazo fixo, mas pela nossa experiência, o juiz costuma analisar o pedido de liminar em até 48h, e às vezes até no mesmo dia, dependendo da urgência do caso.

Seu advogado especializado em saúde, inclusive, poderá despachar diretamente com o juiz, garantindo agilidade na análise do pedido.

Mediante ordem judicial, o convênio será obrigado a autorizar e cobrir de imediato as despesas com o tratamento prescrito.

 

O que acontece depois?

Após a decisão sobre a liminar, o processo terá seu trâmite normal, com a apresentação de defesa formal pelo convênio médico, a apresentação de réplica pelo beneficiário, produção de eventuais provas e, ao final, será proferida uma sentença.

Em seguida, vem a fase recursal, até que a decisão se torne definitiva.

 

Se entrar com um processo contra plano de saúde corro o risco de sofrer retaliações?

Não.  O usuário não pode ter o plano cancelado ou sofrer qualquer tipo de retaliação por mover um processo contra o plano de saúde. O acesso à Justiça é um direito constitucionalmente garantido e o Judiciário tem sido totalmente favorável aos usuários em quase 90% dos casos.

 

Conclusão

Bem, agora você já sabe que havendo indicação médica o plano de saúde deve cobrir o medicamento Olaparibe (Lynparza) e que a negativa do plano normalmente é abusiva e pode ser revertida judicialmente. Se isso acontecer, busque imediatamente orientação jurídica especializada.

Bueno Brandão Advocacia é um escritório especializado na defesa dos direitos dos pacientes com anos de experiência. Entre em contato conosco através do formulário abaixo e fale com um advogado especialista em saúde agora mesmo.

FALE CONOSCO
Envie sua mensagem

Em breve retornaremos o contato *Campos obrigatórios