A ocorrência de queimadura por bisturi elétrico durante uma cirurgia é uma intercorrência grave e dolorosa que pode ser considerada um erro médico.
Em tais situações, é sempre importante contar com o suporte de um advogado especialista em erro médico, para que seja possível avaliar cada caso de forma individualizada e determinar a melhor forma de apurar responsabilidades e obter reparação pelos prejuízos sofridos.
O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, por exemplo, em caso recente determinou o pagamento de indenização de R$20 mil a uma paciente que sofreu queimadura por bisturi elétrico durante um procedimento cirúrgico.
A paciente se internou para realizar uma cirurgia para tratamento de apendicite e, no decorrer do procedimento, sofreu queimadura de terceiro grau na região cervical em razão do mau posicionamento da placa do bisturi elétrico utilizado no procedimento.
Diante da falha no procedimento, a paciente entrou com um processo contra o profissional exigindo o recebimento de uma indenização por danos morais e por danos estéticos.
A Justiça reconheceu a responsabilidade pelo erro médico pela queimadura por bisturi elétrico e condenou o profissional ao pagamento de indenização por danos morais no valor de R$10 mil e por danos estéticos também no valor de R$10 mil.
Neste tipo de situação, a avaliação e condução do caso por um advogado especialista em erro médico é muito importante, pois assim é possível verificar se efetivamente houve uma falha passível de responsabilização e, em caso positivo, tomar as providências cabíveis.
Como explica o advogado e professor Luciano Brandão, especialista em direito médico e da saúde, a responsabilidade civil é o dever de reparação por danos causados indevidamente a alguém.
Portanto, o erro médico ocorre quando o médico causa, por culpa, um prejuízo ao paciente e, nestas situações, poderá ser responsabilizado, assim como o hospital ou clínica.
Neste caso, o causador do dano poderá ser obrigado a reparar os prejuízos por meio do pagamento de indenização por danos morais e materiais (que abrangem prejuízos que o paciente teve, custos com o tratamento e até mesmo o pagamento de uma pensão, dependendo do caso), além dos danos estéticos, decorrentes de cicatrizes, por exemplo.
Segundo o Desembargador Relator do caso, “não é possível considerar que o resultado danoso causado pelo requerido seja uma intercorrência comum, como um risco próprio e razoavelmente esperado do procedimento. Na verdade, o dano foi causado por conduta culposa“.
Em outras palavras, se entendeu que a queimadura por bisturi elétrico não pode ser considerado como algo normal ou esperado, de modo que existe culpa e, consequentemente, o dever de reparação.
Por que ocorre a queimadura por bisturi elétrico?
Há diversas razões pelas quais pode ocorrer a queimadura por bisturi elétrico durante uma cirurgia. Algumas das principais causas incluem:
- Falhas de comunicação: Quando a equipe médica não se comunica adequadamente, informações importantes podem ser perdidas ou mal interpretadas, levando a erros.
- Falta de experiência ou treinamento inadequado: Profissionais de saúde que não possuem o conhecimento ou a habilidade necessária para determinadas situações podem cometer erros.
- Sobrecarga de trabalho: Ambientes hospitalares movimentados e sobrecarregados podem levar à fadiga e à falta de atenção, aumentando o risco de erros.
- Equipamentos inadequados: A falta de acesso a equipamentos modernos e precisos pode contribuir para diagnósticos incorretos ou tratamentos ineficazes.
- Falhas no sistema de saúde: Problemas sistêmicos, como falta de padronização de processos ou falhas nas políticas de segurança, podem criar um ambiente propício para erros.
Como neste caso, um advogado especialista em erro médico poderá tomar medidas como buscar um acordo extrajudicial com o médico, clínica ou hospital e, se necessário, ingressar com uma ação judicial para obter indenização em razão das lesões sofridas pela queimadura por bisturi elétrico.
A Bueno Brandão Advocacia é um escritório especializado na área da saúde, localizado em São Paulo (SP), na região da Avenida Paulista e com atuação em todo o território nacional na defesa dos direitos dos pacientes. Entre em contato conosco através do formulário abaixo e fale com um advogado especialista em direito médico.