Queimadura durante cirurgia pode ser considerado erro médico

A ocorrência de queimadura durante uma cirurgia é uma complicação relativamente rara, mas séria, que pode ocorrer em diferentes tipos de procedimentos cirúrgicos.

Em tais situações, é sempre importante contar com o suporte de um advogado especialista em erro médico, para que seja possível avaliar cada caso de forma individualizada e determinar a viabilidade de uma ação judicial de indenização por queimadura durante cirurgia.

Neste artigo, abordaremos esses aspectos relacionados às queimaduras durante cirurgias e a responsabilidade de médicos, clínicas e hospitais pelo ocorrido.

Causas de Queimaduras durante Cirurgias

As queimaduras durante cirurgias podem ser causadas por diversos fatores, incluindo:

  1. Equipamentos médicos: O uso de instrumentos ou equipamentos médicos inadequados ou mal calibrados pode gerar calor excessivo. Isso pode resultar em queimaduras térmicas na pele do paciente.
  2. Substâncias químicas: Em certos procedimentos cirúrgicos, o uso de substâncias químicas, como produtos de cauterização ou solventes, pode causar queimaduras químicas se não forem manuseadas corretamente.
  3. Energia elétrica: Durante alguns procedimentos, como cirurgias plásticas ou reconstrutivas, pode ser necessária a utilização de bisturis elétricos. Se esses dispositivos forem mal utilizados ou houver falhas no isolamento elétrico, podem ocorrer queimaduras elétricas.
  4. Falhas na segurança do ambiente: Problemas relacionados à infraestrutura da sala de cirurgia, como fiações defeituosas, curtos-circuitos ou superaquecimento de sistemas de aquecimento, também podem levar a queimaduras durante uma cirurgia.

Tratamento de Queimaduras durante Cirurgias

O tratamento das queimaduras durante cirurgias dependerá da gravidade da lesão. Em casos leves, as queimaduras superficiais podem ser tratadas com curativos adequados, aplicação de pomadas cicatrizantes e acompanhamento cuidadoso da ferida para evitar infecções.

No entanto, em casos mais graves, com queimaduras de segundo ou terceiro grau, é fundamental buscar atendimento médico imediato. O tratamento pode incluir a desbridamento cirúrgico da área queimada, enxertos de pele, terapia de curativo especializado e, em casos mais graves, intervenções como reconstruções complexas.

Prevenção de Queimaduras durante Cirurgias

A prevenção de queimaduras durante cirurgias é essencial para garantir a segurança do paciente. Aqui estão algumas medidas que podem ser tomadas:

  1. Qualificação e treinamento adequados: Os profissionais de saúde envolvidos na cirurgia devem possuir treinamento adequado no uso de equipamentos médicos e técnicas cirúrgicas, além de estar atualizados com as melhores práticas em segurança cirúrgica.
  2. Manutenção e calibração de equipamentos: Os instrumentos e equipamentos médicos devem ser regularmente verificados, mantidos e calibrados corretamente para garantir seu funcionamento adequado e evitar falhas que possam resultar em queimaduras.
  3. Procedimentos de segurança: Antes de iniciar qualquer procedimento cirúrgico, é fundamental realizar uma verificação completa dos equipamentos e sistemas elétricos na sala de cirurgia. Isso inclui verificar a integridade dos cabos, aterramento adequado e funcionamento adequado dos dispositivos elétricos utilizados durante a cirurgia.
  4. Comunicação e trabalho em equipe: Uma comunicação efetiva entre os membros da equipe cirúrgica é essencial para garantir a segurança do paciente. É importante que todos os profissionais estejam cientes dos riscos envolvidos, mantenham um ambiente de trabalho colaborativo e estejam atentos para identificar e corrigir qualquer potencial problema durante a cirurgia.
  5. Educação do paciente: É fundamental informar e educar os pacientes sobre os riscos potenciais envolvidos em qualquer procedimento cirúrgico, incluindo a possibilidade de queimaduras. Os pacientes devem receber informações claras sobre os cuidados pré e pós-operatórios, bem como os sinais de alerta a serem observados em caso de complicações.
  6. Auditoria e revisão contínua: Os hospitais e clínicas devem realizar auditorias periódicas para avaliar a conformidade com os protocolos de segurança cirúrgica. A revisão contínua dos casos de queimaduras durante cirurgias pode ajudar a identificar quaisquer falhas no sistema e implementar medidas preventivas adicionais.Em caso de queimadura durante uma cirurgia, é fundamental relatar o incidente à equipe médica para que o tratamento adequado possa ser fornecido imediatamente.

    Além disso, se houver suspeita de negligência ou erro médico relacionado à queimadura, é importante buscar orientação legal para entender os direitos e as opções legais disponíveis.

    Quando a queimadura durante cirurgia é considerada erro médico

    Uma queimadura durante uma cirurgia pode ser considerada um erro médico quando ocorre devido à negligência ou falha no dever de cuidado por parte dos profissionais de saúde envolvidos. Para determinar se uma queimadura é considerada um erro médico, são levados em consideração os seguintes pontos:

    1. Padrões de cuidado aceitáveis: Os profissionais de saúde têm a obrigação de fornecer um padrão de cuidado aceitável durante uma cirurgia. Isso envolve seguir os protocolos de segurança, utilizar equipamentos apropriados, manter-se atualizado com as melhores práticas e fornecer atenção adequada ao paciente.
    2. Negligência ou desvio dos padrões de cuidado: Se for comprovado que os profissionais de saúde não agiram de acordo com os padrões de cuidado aceitáveis, cometendo erros que levaram à queimadura, pode ser considerado um caso de negligência médica.
    3. Causalidade: Deve haver uma relação direta entre a conduta inadequada dos profissionais de saúde e a ocorrência da queimadura. É necessário estabelecer que a queimadura foi resultado direto da negligência ou erro durante a cirurgia.
    4. Danos causados: A queimadura deve ter causado danos adicionais ao paciente, como dor, sofrimento, cicatrizes permanentes, necessidade de tratamentos adicionais, perda de função ou impacto na qualidade de vida. É preciso comprovar que os danos foram resultado direto da queimadura ocorrida durante a cirurgia.

    É importante lembrar que cada caso é único, e a determinação de erro médico depende das circunstâncias específicas envolvidas.

    É necessário consultar um advogado especializado em negligência médica para avaliar seu caso, analisar as evidências disponíveis e determinar se há base legal para considerar a queimadura durante a cirurgia como um erro médico.

    Um advogado especializado poderá avaliar os registros médicos, consultar especialistas e orientá-lo sobre seus direitos e opções legais para buscar uma possível indenização, caso seja comprovada a negligência médica relacionada à queimadura durante a cirurgia.

    Como comprovar um erro médico?

    Essa talvez seja uma das principais dúvidas de pacientes ou familiares que acreditam que um erro médico possa ter ocorrido. Lembre-se que, nem todo resultado indesejado é, efetivamente, um erro médico e, por isso, antes de pensar em entrar com uma ação por erro médico, é necessário verificar se, de fato, há evidência de falha passível de responsabilização.

    Muitos advogados não especializados ingressam com processos pedindo altos valores de indenização sem realizar uma análise prévia correta e isso pode gerar grandes prejuízos aos seus clientes, tornando o processo judicial uma grande “loteria”.

    Para comprovar um erro médico é necessária a análise técnica do prontuário do paciente, das fichas de atendimento, exames e demais documentos relacionados ao tratamento para identificar se houve falhas não condizentes com a boa prática médica à luz da legislação, dos protocolos clínicos, do Código de Ética Médica, etc.

    Para isso, contar com o suporte de um advogado especialista em erro médico ajuda muito neste processo de reunião de provas.

    Uma das formas mais seguras para procurar reunir evidências de que houve um erro médico, é por meio de uma ação de produção antecipada de provas.

    Trata-se de um procedimento judicial preliminar (mais rápido e de menor custo), em que será produzido um laudo técnico sobre o tratamento realizado.

    Quando ficar demonstrado que houve uma um erro médico, então poderá ser ajuizada uma ação por erro médico de forma mais concreta a fim de buscar exigir a responsabilização e indenização pelos danos sofridos pelo paciente.

    Qual o prazo para entrar com uma ação por erro médico?

    O prazo para entrar com uma ação por erro médico é de 5 anos contados a partir do conhecimento do erro pelo paciente.

    Quanto tempo demora uma ação por erro médico?

    Uma ação judicial envolvendo discussão sobre erro médico pode demorar de alguns meses a vários anos, dependendo da complexidade do caso.

    Por isso, nossa equipe está preparada para buscar alternativas para solução da questão como, por exemplo, a realização de acordos extrajudiciais, que reduzem significativamente o tempo e o custo de um processo.

    Qual o valor de uma indenização por erro médico?

    O valor da indenização por erro médico varia de acordo com a extensão do dano sofrido pelo paciente.

    A legislação prevê a possibilidade de recebimento de indenização por danos morais, estéticos, além do ressarcimento de danos materiais, como despesas com tratamento, prejuízos decorrentes do afastamento do trabalho, etc.

    O suporte de um advogado especializado em erro médico é muito importante para uma correta avaliação do caso e condução da ação por erro médico da melhor forma possível.

    Bueno Brandão Advocacia é um escritório especializado na área da saúde, localizado em São Paulo (SP), na região da Avenida Paulista e com atuação em todo o território nacional na defesa dos direitos dos pacientes. Entre em contato conosco através do formulário abaixo e fale com um advogado especialista em direito médico.

     

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