Pesquisa aponta que apenas 5,9% dos consumidores tem convênio “muito bom”

Avaliação da Agência Nacional de Saúde Suplementar, com notas de 0 a 1, mostra que índice dos ‘ruins’ caiu de 53,6% para 11%

Apenas 5,9% dos 49 milhões de brasileiros que têm plano de saúde são atendidos pelas operadoras que obtiveram classificação “muito boa” no Índice de Desenvolvimento da Saúde Suplementar (IDSS). A medição da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) vai de 0 (a pior nota) a 1 (a melhor).

Entre as grandes empresas que atendem mais de 100 mil pessoas, alcançaram as melhoras avaliações a Unimed Belo Horizonte (com 0,862), a Unimed Maringá (0,836) e a Petrobrás (0,803). Nesse grupo, as piores foram as da operadora da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (0,352), da Unimed Cuiabá (0,356) e da GEAP (0,445).

Os dados são referentes a 2012 e foram divulgados ontem. A comparação com os números dos últimos quatro anos mostra que as operadoras estão buscando se aprimorar, avaliou o diretor de normas e habilitação da ANS, Leandro Reis Tavares. Em 2009, as operadoras avaliadas como “péssimas” ou “ruins”, com notas de 0 a 0,39, somavam 53,6%; neste ano, ficaram em 11%. As que tiveram IDSS superior a 0,6 eram 17,2% e hoje são 63,5% das empresas.

“O setor está se qualificando, vem aderindo às exigências da ANS. Esperamos que esse tipo de programa estabeleça um círculo vicioso de cobranças por parte da população”, disse Tavares, que ressaltou que 94,6% dos beneficiários estão em operadoras que tiveram nota igual ou superior a 0,5, ou seja, metade da pontuação máxima.

Tudo foi passado pelas próprias operadoras à ANS, que auditou as informações. Somente as grandes e médias (com mais de 20 mil usuários) foram instadas a participar do levantamento, num total de 419 empresas.

Dessas, somente 89 responderam – as demais alegaram não ter conseguido reunir os dados. Essas 89 atendem 25% dos 49 milhões de brasileiros com plano de saúde.

Objetivos. O índice é composto por 33 indicadores, entre aspectos como atenção à saúde, situação econômico-financeira, estrutura das empresas e satisfação dos beneficiários. Os objetivos do IDSS, divulgado nesses moldes desde 2009, são aumentar a transparência, aprimorar as operadoras, estimular a concorrência e fornecer subsídios para a escolha do consumidor. “Estimulamos que o consumo nesse setor seja consciente”, afirmou o diretor-presidente da ANS, André Longo.

A observação da série histórica de 2009 a 2013 revela a diminuição do número de operadoras ativas de 1.636 para 1.198 – um reflexo das normas mais rígidas estabelecidas pela ANS para o funcionamento das empresas e também do processo de concentração pelo qual passa o mercado de planos de saúde no Brasil.

O IDSS é apenas um dos meios de monitoramento de que a ANS dispõe. Qualquer pessoa pode consultar os resultados no link www.ans.gov.br/index.php/espaco-da-qualidade, e comparar as operadoras.

Fonte: Estadão

Nota. Especialistas recomendam que, antes de contratar um plano de saúde, embora as pequenas e médias em geral ofereçam planos mais baratos, convém ao consumidor não se ater apenas ao preço para fazer a escolha.

 

Outra recomendação é checar a nota que a ANS atribui à empresa e verificar também as reclamações existentes contra a operadora no Procon

 

 

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